domingo, 7 de novembro de 2010

Caixas de Som do Fusca

Olá, faz um tempo que eu não escrevo, pois eu meio que "abandonei" um pouco o fusca, ou seja, eu  não o estava usando e por isso não tinha novidades para postar, porém, neste fds resolvi dar uma atenção maior para ele. Eu havia instalado o aparelho de som (motoradio da década de 60) e um módulo estéreo, mas, os auto falantes de 5" eu apenas os havia comprado e estavam "avulsas", sem uma caixa para instalá-las. Meu amigo Ricardo tem uma grande participação neste projeto, pois ele deu a dica para eu levar o rádio para instalar uma entrada auxíliar de iphone/ipod, pois o rádio tem apenas canal AM, e com esta entrada auxíliar eu poderia tocar todas as músicas que estivessem no playlist do aparelho, ele também recomendou-me a instalação de um módulo estéreo e colocar um par de auto falantes selenium de 5".

Bem, com o rádio instalado, módulo e fiação pronta, como comentei faltava a caixa para eu instalar os auto falantes, criei coragem e fui comprar as madeiras (MDF de 10mm), pregos, cola de madeira, terminais de conexão, cola de sapateiro, parafusos, também resgatei as sobras de tecido tipo "carrapatinho" que eu guardei da tapeçaria do fusca e comecei a fazer as caixas. Segui meu projeto inícial de fazer 2 (duas) caixas de som paralelas, para não perder todo o espaço do porta malas (chiqueirinho), assim tendo a praticidade de tirar uma delas e/ou as duas quando necessário, a altura das caixas não deveriam ultrapassar a altura do banco traseiro, assim harmonizando o ambiente e deixando-as discretas. A principio as caixas seriam uniformemente brancas e no fundo (parte de baixo) seria aplicado o tecido "carrapatinho" para combinar com a forração do porta malas e também teriam o papel de evitar que as mesmas ficassem totalmente soltas e/ou deslizando, mas, resolvi dar uma incrementada na decoração das caixas o que as deixou com a aparência de antigas/retrô (minha percepção).

Com as caixas prontas, fui logo instalá-las para ver o resultado e avaliar se realmente ficaram funcionais. Eu gostei, pois combinaram e a acústica ficou muito boa. Falta ainda adquirir as telas de cor branca, um pouco dificil para conseguí-las, pois trata-se de linha de som marítimo, mas logo as conseguirei e o projeto da caixa de som estará totalmente finalizada.

Vejam as fotos, espero que goste.
Em breve tentarei gerar um video demonstrativo do som funcionando.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Tapeçaria Fusca 68 - Fotos

Pessoal, seguem as fotos do interior do fusca - corvin branco com vinho, costura em linha cor vinho.
em breve mais fotos, faltam as laterais de porta e o acabamento debaixo dos bancos traseiros, além do teto e carpete.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Antes e Depois do interior do Fusca 1968

Vou postar as fotos do interior do Fusca.

Quando comprei o carro não notei que os bancos estavam com capas pretas da época, mas quando tirei as capas vi que os bancos eram brancos, originais da época, mas o conjunto dianteiro e traseiro não eram iguais, pois o traseiro estava estilo pijaminha dos anos 65,66 e 67 e os dianteiros eram originais do ano 68 e 69. Bem, como não consegui recuperar o original (o tecido é raro e caro) resolvi seguir o padrão dos "gomos" mas diferenciei as cores, combinando assim com a cor do veículo.

                                        Antes (sem as capas pretas)
Com as capas pretas (Quando comprei o carro)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Reforma do Fusca 1968

Olá pessoal !


Aqui vão alguns detalhes da reforma do meu Fusca, mas gostaria de comentar que existem dois tipos de reforma/restauração de carro, uma forma é aquela que você pega o carro e deixa na oficina especializada e eles fazem tudo (funilaria, pintura, elétrica, tapeçaria e etc) e no final você apenas assina os cheques e pega o carro, a outra forma é a que você participa efetivamente nos processos da reforma, onde você tem que pesquisar e negociar diretamente com os profissionais, cito, funileiro, auto-elétrico, mecânico, tapeceiro, lojistas onde terá que comprar peças, pesquisar preços, também é importante a participação para desmontar e recuperar algumas peças originais e etc, bem, este último modo foi o que eu escolhi, e diga-se de passagem é bem complicado, pois demanda tempo e disposição, mas compensa por ser mais barato e você saber como foi feito o trabalho.

O processo de restauração iniciou em Fevereiro de 2010, mais precisamente no dia 20, o carro ficou na funilaria para ser todo desmontado, recuperar eventuais pontos amassados ou de ferrugens, ser raspado e todo pintado. Toda a parte elétrica foi retirada e posteriormente recolocada. Em paralelo ao trabalho de funilaria, pintura e elétrica o motor foi retirado e enviado para a oficina mecânica, lá o bloco do motor foi retificado, ocorreu a troca dos cabeçotes, pistão para alcool, comando e etc, assim passando de 1300cc para 1600cc com carburação dupla, acompanhado com um câmbio 31:8 com marchas mais longas.


A parte da tapeçaria antiga, a qual estava rasgada, manchada e suja foi toda retirada para a colocação de novos kits de tapeçaria, os bancos foram desmontados totalmente, as estruturas foram pintadas novamente para que os bancos fossem refeitos novamente. Todo este processo levou 5 meses.

 



A cor utilizada é a original de 1967/68

VERMELHO GRANADA Código:.L1591
FUSCA / KOMBIS STANDARD E LUXO* – (* Pintura em 2 cores)

Abs,

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Viagem + Fusca = Emoção! = )

Vamos lá, esta história é bem recente !


Está virando rotina, rotina das boas claro, nos últimos anos, mais especificamente em Dezembro, semana que antecede o Natal, eu tenho ido para Campo Grande visitar a família, minha Avozinha querida, Primas, Tios, etc...bem, neste último ano, ou seja, Dezembro de 2009 eu fui viajar para lá de carro e como eu gosto de aventura, fui com meu Fusca 1968, motor 1300cc, o carro estava todo revisado e em dia, fui sem pressa de chegar e também com vontade de aproveitar a viagem, paisagens, etc.


Na véspera da viagem eu arrumei as malas, eu estava ansioso para viajar, fui dormir cedo e acordei pelas 3h da manhã, isso mesmo, bem cedo, pois sabia que a viagem seria longa e poderia ter algum imprevisto, afinal eu estava com um 1300cc, no ano anterior eu fui com um carro mais moderno e o tempo de viagem era bem mais curto (10hrs), rs...continuando, saí cedinho, peguei o carro e fui abastecer no posto perto de casa e calibrar os pneus, eu disse ao frentista: - enche o tanque por favor que eu tenho que chegar hoje em Campo Grande, risos., o cara me olhou e sorriu apenas. Segui viagem para pegar a Rodovia, fui curtindo a madrugada, céu estrelado, madrugada linda mesma, fui ouvindo um bom som para distrair, sempre dirigindo na pista da direita pois meu 1300cc apenas atingia 80km/h de velocidade máxima, inclusive encontrei uma Brasília no caminho e fomos juntos um bom trecho.


Como eu não tinha tanta pressa de chegar e havia o limitante da velocidade máxima do Fusca (80km/h), fui curtindo tudo que dava, fazendas, plantações, paisagem, céu, etc...alguns carros de passeio, caminhões e ônibus que me passavam acabavam buzinando, ah, mas não para eu sair da frente, mas sim para cumprimentar-me pelo carro, nem imaginavam que eu iria percorrer 1.150km até Campo Grande.


As aventuras começam agora, eheheh....como não poderia deixar de acontecer, a bobina do Fusca esquentou, daí começou a falhar um pouco e a medida em que eu continuava falhava mais e mais, eu precisava parar em algum lugar para resfriar a bobina e/ou comprar outra pois sabia que aquela ali não aguentaria e nem eu aguentaria ficar parando para resfriá-la, acho que eu estava há uns 300km de SP, lembro-me que entrei na Cidade de Pirajuí, logo na entrada avistei uma auto-peças, mas continuei andando pois eu precisava encontrar um caixa eletrônico para sacar dinheiro, pois os que levei os pedágios já estavam levando tudo e eu teria que sacar dinheiro de qualquer forma para seguir viagem, rodei o centrinho da Cidade e encontrei a Igreja Central, e ao lado dela haviam várias agências bancárias, saquei o dinheiro e retornei para a saída da Cidade para comprar a bobina na auto-peças, só que em uma subida o Fusca apagou literalmente e não pegava, daí levantei a tampa do motor e limpei o carvão da tampa do distríbuidor encaixei novamente e o motor pegou na hora, vai entender ...rs...chegando na auto-peças pedi a bobina e o vendedor ofereceu uma bosh e uma paralela, bem, a bosh é a melhor mas custava R$ 90 e a paralela custou R$ 30, levei a paralela, logo levantei a tampa do motor, saquei a bosh "velhinha" que lá estava e substituí pela paralela, a qual está em funcionamento até hoje. Sorte ou Qualidade ?


PS: Sempre leve um kit de ferramentas em seu Fusca, é muito útil.


Seguindo caminho, acumulando kilometros no odômetro análogico, cruzando diversas Cidades, Fazendas, Canaviais, mas eu tinha que parar para abastecer, afinal são somente 40 litros no tanque o que me rendia uns 350km por tanque, afinal, tem que abastecer antes de acabar o combustível , eu era bem recebido nos Postos e sempre me cumprimentavam, perguntavam do ano do carro, faziam comentários do mesmo, se eu vendia, quanto valia, perguntavam para onde eu estava indo e de onde eu estava vindo, realmente é um "barato" bater papo com os locais, pessoas simples, sinceras e hospitaleiras.


Em uma das minhas paradas para abastecer ao dar a partida no motor o mesmo não girava, era o tal do bendix do motor de partida, em alguns momentos ele voltava a funcionar e em outros casos tive que dar o "tranco", alguns frentistas eu logo fui avisando que eu iria abastecer mas ele teria que me ajudar a empurrar o carro se o mesmo não funcionasse na partida, eheheh...não houve recusa, rs rs rs.


A viagem seguindo, eu curtindo minhas músicas, as vezes apenas o barulho do motor, as vezes tentava escutar os gados no pasto, eheheh, mas novamente fui surpreendido, eu já havia rodado uns 800km, quando já estava escurecendo o dia eis que a luz da bateria acendeu no painel e lá ficou acesa direta, logo imaginei que a causa seria a caixa reguladora de voltagem, e a minha era daquelas recondicionadas (não vale a pena, mas veio no carro quando eu comprei), bem, segui até um Posto em Três Lagoas, eu já estava no Estado de MS, lá o auto-elétrico me atendeu debaixo de chuva e lá fiquei aguardando uns 30 minutos até eu ser atendido, levantei o banco traseiro e ele sacou a caixa reguladora de voltagem, passou uma lixa nos contatos, deu um curto na caixa de regulagem, fizemos o teste na caixa, no dínamo e na bateria e tudo estava funcionando normalmente novamente, gastei mais uns R$ 10, ah, detalhe, peguei uma mega chuva no trecho até chegar ao Posto, imagina, sem muita carga na bateria para suportar o limpador de parabrisa, lanterna, piscas, o som eu já logo desliguei quando a luz acendeu, bem, segui viagem até Campo Grande, como cheguei pelas 23h:00 fui dormir em um Motel fuleiro para não chegar tarde na casa da minha Avó, logo pela manhã do dia seguinte segui por alguns kilometros e cheguei ao meu destino.


Já em Campo Grande, tive tempo para revisar todos os problemas que ocorreram, tive que comprar uma caixa reguladora de voltagem, mas desta vez foi salgado pois comprei uma original da bosh - R$ 90 , mas não fiquei na mão na volta, outro item que deu problema na ida foi o motor de arranque, tive que fazer por lá e ficou em R$ 70. Na volta para SP tive novo problema, mas já chegando em SP mesmo, o dínamo parou de carregar pois o induzido estava no limite, gasto, fiz o dínamo todo e foram mais R$ 180, toda aventura tem seu preço, mas estamos sempre prontos para mais uma, espero que a próxima não tenha grandes custos financeiros, eheheh.


Abçs,


Abastecendo - 3:02 da manhã.
 Luzes de Natal na Ponte Estaiada na Marginal Pinheiros.
Registrando o km do odômetro e a velocidade.
O Sol nascendo, forte e quente para um belo dia de viagem!
Pista livre para acelerar até os 80km/h, rs...
Parada para curtir a estrada - Sorria para a Foto !
Paisagem - Anoitecendo na estrada.
Belas Nuvens..                                                         

sábado, 15 de maio de 2010

Fusca 1968


Em Julho de 2009 resolvi comprar um Fusca, pensando no custo benefício, por ser um carro barato, manutenção barata, ter isenção de imposto, neste caso o IPVA, motor econômico e além de tudo isso ser um carro que eu gosto e ter sido meu primeiro carro. Bem, lá fui eu procurar na internet alguns anúncios, fotos, detalhes, descrições e etc, pesquisei bastante, liguei, visitei alguns, mas nenhum estava me agradando, pois ou o valor estava alto e o carro não valia o que pediam, ou eram fuscas pouco originais.


Decidi arriscar e ir em um Domingo ao feirão de carros do Anhembi, cheguei lá cedo, mas um pouco desacreditado de que eu iria encontrar um Fusca que me chamasse a atenção e se o encontrasse provavelmente seria caro, por ter o nível de originalidade alto, pois quanto mais original mais valioso o Fusca, daí eu não conseguiria comprar pois minha meta era pagar no máximo R$ 5mil, era o que eu estava procurando também, carro nas condições originais mas não em perfeitas condições, um pouco impossível para os tempos de hoje, acredito eu.

Chegando no Anhembi, comecei a andar pela ruas e ver todo tipo de carro mas de olho em algum Fusca, pois era meu objetivo, só de olhar por cima dos tetos dos carros eu já consiguia identificar um Fusca, acho que meus olhos estavam treinados, eis que vi um e lá fui eu, chegando perto realmente era um Fusca, mas estava em condições muito ruins e pelo valor não compensava comprar e arrumar pois tinham várias alterações no interior do carro, o que não me agradou, continuei andando e encontrei outro, este já bem melhor, pintado, mais original e o melhor de tudo com o valor na medida, conversei com o proprietário, liguei o carro, examinei o carro por inteiro, estava bom pelo valor, mas como em São Paulo temos rodizio de veículos, vi que a placa era de terça-feira, logo desanimei pois já tinha um carro em casa com a placa deste dia de rodizio, desanimei um pouco mas peguei os dados do proprietário e do carro e continuei caminhando na feira em busca de mais Fuscas, encontrei outro mas este estava bem original e o valor estava na média de R$ 7mil, apenas observei, achei bonito mas fora do meu alcance, não encontrei mais fuscas e voltei ao segundo Fusca que encontrei, conversei novamente com o proprietário, olhei novamente o carro e comecei a me convencer de que aquele seria meu próximo Fusca, mas sempre lembrando da questão do final de placa por conta do rodizio de veículos de SP. Fui embora lamentando não ter encontrado um carro que atendesse a todos os requisitos, mas sempre pensando no Fusca que mais se aproximou, foi quando dentro do ônibus fiz uma ligação e comentei que encontrei um Fusca nas condições e valor que eu queria mas o final da placa era repetido e tive a surpresa de concordarem na compra independente do final de placa. Imediatamente liguei para o proprietário e disse-lhe que eu iria ficar com o Fusca, marquei um encontro na segunda-feira na empresa onde trabalho e fui para casa.

Chegando em casa eu contei tudo que vi, todo empolgado e quase não consegui dormir pensando no Fusca, dia seguinte lá estou eu na empresa e o proprietário chega para irmos ao banco e cartório, olhei novamente o carro, novos detalhes que eu não tinha visto no dia anterior e o meu interesse de compra se confirmou, fomos ao banco e cartório e tudo resolvido, o Fusca era meu, um Fusca vermelho 1968.

Como o Fusca estava estacionado no estacionamento dos fundos da empresa, alguns admiradores foram olhar o carro e fizeram bons comentários, sinal de que eu havia escolhido bem o carro e as condições dele estava realmente boa.